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A quarta-feira foi marcada por forte turbulência nos mercados americanos. O estopim? Um novo capítulo da guerra tecnológica entre Estados Unidos e China — e um alerta cauteloso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
As ações da Nvidia, gigante dos chips e líder em inteligência artificial, desabaram após a empresa alertar que pode perder até US$ 5,5 bilhões devido a novas restrições impostas por Washington. A medida impede a exportação do chip H20 — uma peça-chave para o mercado de IA — para a China, um de seus maiores clientes. O impacto atinge diretamente uma das áreas mais lucrativas da companhia.
A decisão dos EUA de endurecer as regras segue a escalada do conflito econômico com a China. Pequim respondeu com um aumento de tarifas sobre produtos americanos, agora em 125%, em reação direta à medida de Trump, que já havia elevado os impostos de importação para 145% sobre bens chineses. O embate ganha contornos ainda mais agressivos.
Em discurso no Economic Club de Chicago, Jerome Powell adotou tom de cautela. Segundo ele, os atuais desafios econômicos — incluindo os efeitos da política tarifária — ainda alimentam a inflação. Apesar disso, ele indicou que o Fed não pretende mexer nos juros tão cedo, preferindo aguardar novos dados econômicos antes de qualquer movimento.
O alerta do Fed somou-se ao impacto da Nvidia, provocando uma verdadeira onda de vendas. Investidores correram para se desfazer de ações, principalmente de empresas de tecnologia e fabricantes de chips, derrubando os principais índices.
Wall Street viveu uma de suas piores sessões do ano:
O chamado "índice do medo", o Cboe VIX, saltou para 32,64, indicando forte nervosismo entre os investidores e expectativas de mais turbulência à frente.
O setor de tecnologia foi o mais penalizado. A Nvidia viu suas ações caírem 6,9%, enquanto a rival AMD tombou 7,3%. O índice SOX, que reúne fabricantes de semicondutores, recuou 4,1% — uma das maiores quedas dos últimos meses.
Na Europa, a gigante holandesa ASML, líder em equipamentos para a indústria de chips, também se pronunciou. Em comunicado, a empresa alertou que tarifas e restrições estão lançando dúvidas sobre a demanda futura e a estabilidade da cadeia de suprimentos.
Mesmo com o impacto global, os mercados europeus mostraram mais resiliência. O índice STOXX 600, que reúne as principais empresas da região, caiu apenas 0,4% no início do pregão de quinta-feira. Ainda assim, o índice acumula alta de quase 4% na semana, sustentado pela ausência de novos choques comerciais e pela expectativa sobre a próxima decisão do Banco Central Europeu.
Com o feriado da Sexta-feira Santa e da Páscoa se aproximando, investidores optaram por adotar uma postura defensiva, adiando decisões e reduzindo exposição. A combinação de instabilidade econômica com um fim de semana prolongado elevou a cautela.
Nem o setor de luxo escapou da ressaca nos mercados. A Hermès viu suas ações despencarem 4%, após divulgar vendas trimestrais abaixo do esperado — um movimento raro para a fabricante das icônicas bolsas Birkin.
A francesa seguiu os passos da LVMH, que também desapontou com resultados fracos no início da semana. Em meio à incerteza global e à demanda instável, até o luxo está começando a perder o brilho.
Ao contrário do setor de luxo, a Siemens Energy surpreendeu positivamente os investidores, com suas ações disparando 10%.
A holding alemã de energia divulgou previsões mais otimistas para o ano fiscal atual e reportou a melhor rentabilidade desde que se separou da Siemens AG. A notícia deu um impulso ao mercado alemão, com o índice DAX superando seus pares europeus, puxado pelo rali no setor de energia.
Na Ásia, os mercados seguiram rumos distintos, mas o sentimento geral foi de otimismo moderado.
O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,7%, enquanto o iene perdeu força diante das negociações comerciais com os EUA. Um fator inesperado foi a intervenção direta de Donald Trump, que afirmou haver "avanços significativos" em uma reunião com o representante japonês Resei Akazawa.
Apesar das turbulências vindas dos Estados Unidos, os mercados asiáticos seguem resilientes.
Na Coreia do Sul, o índice KOSPI também avançou 0,7%, mas Taiwan destoou: o TWII recuou 0,5%, sinalizando que os investidores ainda estão em busca de clareza — divididos entre fatores geopolíticos e dados econômicos locais.
Os futuros apontavam para uma abertura cautelosa nos mercados europeus nesta quinta-feira, com sinalizações neutras ou levemente positivas.
Os investidores analisam com atenção os resultados corporativos, os próximos movimentos do BCE, e os impactos da política comercial agressiva dos EUA. O clima segue tenso, mesmo sem grandes choques imediatos no radar.
Todos os olhares se voltam para a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), um dos maiores nomes da indústria global de semicondutores. A expectativa é que o seu relatório de lucros traga pistas importantes sobre a saúde do setor de chips, em meio às novas sanções e tensões geopolíticas. A dúvida é: o setor ainda tem espaço para crescer nos próximos trimestres?
Enquanto os mercados da China continental mantiveram-se estáveis (com o índice CSI300 praticamente no zero a zero), Hong Kong brilhou: o Hang Seng avançou 1,6%.
O impulso veio principalmente de empresas de tecnologia, que se recuperaram após fortes quedas recentes. A expectativa de uma retomada no setor de alta tecnologia reacendeu o apetite dos investidores.
O mercado de títulos do governo dos EUA permaneceu calmo ao longo da semana. O rendimento dos Treasuries de 10 anos subiu 3 pontos-base, atingindo 4,311% — um leve movimento, que mostra uma postura ainda defensiva por parte dos investidores.
O ouro voltou a brilhar como "porto seguro". O metal precioso atingiu o recorde de US$ 3.357,40 por onça, antes de recuar levemente para US$ 3.341,91 — ainda em patamar extremamente elevado.
A busca por ativos seguros cresce em meio às tensões geopolíticas e à incerteza sobre os juros globais. O ouro, mais uma vez, assume o papel de proteção em tempos de instabilidade.
Os preços do petróleo seguem em alta, impulsionados por temores de queda na oferta global.
As tensões geopolíticas e a perspectiva de interrupções no fornecimento estão levando o mercado a precificar uma possível pressão adicional sobre a demanda energética no curto prazo.
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