Goldman Sachs reduz suas previsões de preço do petróleo até 2026
O mercado de petróleo entrou em zona de turbulência, e o otimismo que antes dava o tom começa a ser substituído por cautela. Analistas do Goldman Sachs reduziram suas projeções para os preços do barril em 2025 e 2026, diante de uma combinação preocupante: demanda global em desaceleração — pressionada pelas crescentes tensões comerciais — e oferta em alta por parte dos países da OPEP+.
Segundo estrategistas de câmbio do banco, dois dos principais pilares que sustentavam os preços do petróleo estão enfraquecendo: a baixa probabilidade de uma recessão global e o compromisso da OPEP+ de cortar a produção sempre que o Brent se aproximava dos US$ 70. Na visão do Goldman, essas salvaguardas já não são garantidas.
Diante desse novo panorama, o banco cortou em 5,5% a previsão para o preço médio do Brent em 2025, agora estimado em US$ 69 por barril. Para o WTI, referência americana, a estimativa caiu 4,3%, para US$ 66. Em 2026, o ajuste foi ainda mais severo: o Brent teve queda de 9% na projeção, indo para US$ 62, enquanto o WTI recuou 6,3%, passando a US$ 59.
E a sinalização não para por aí. Os analistas alertam que essas previsões podem sofrer novos cortes — especialmente para 2026 — caso os riscos de uma recessão global continuem se intensificando.