
Trump defende tarifas como estratégia eficaz contra a China e benéfica para os Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito comparações ousadas entre as economias americana e chinesa — e não hesita em afirmar que a China está sofrendo mais com as tarifas do que os EUA. Segundo ele, enquanto Pequim enfrenta dificuldades, os Estados Unidos estariam prosperando. E, com mais algumas tarifas sobre produtos chineses, a guerra comercial continua a escalar. A sustentabilidade dessa disputa para a economia global, no entanto, parece não estar entre as prioridades do presidente americano.
Trump argumenta que a China — assim como a maioria dos países — tem tratado os EUA de forma injusta por tempo demais. Ele classifica as políticas econômicas de seus antecessores como “fracas e tolas”, enquanto exalta sua própria agenda baseada em tarifas como uma “revolução econômica” que já teria atraído cerca de US$ 5 trilhões em investimentos para o país.
Enquanto isso, analistas do jornal alemão Handelsblatt relatam uma “onda de choque tarifária” nos mercados acionários globais, provocada pelas medidas recentes adotadas por Washington. Apesar da volatilidade, Trump segue firme em sua postura, considera sua estratégia um sucesso e descarta qualquer mudança de rumo. Em suas palavras: “Este é o momento de ficar mais rico do que nunca.”
Mas, fora dos Estados Unidos, o otimismo não é compartilhado. Diversos países — especialmente os membros da União Europeia — demonstram crescente preocupação. Em resposta às tarifas americanas e à invasão de produtos chineses com preços baixos, o bloco europeu estaria preparando medidas emergenciais para conter os impactos econômicos e proteger suas indústrias estratégicas.